Há poucos destinos tão cativantes quanto a Ilha de Páscoa. A ilha afeta
profundamente a alma. É uma circunstância única de um importante
acontecimento, um processo contínuo que se tornou descontínuo quando, ao
invés de se transformar, sua civilização simplesmente acabou. Depois
dos moai – aquelas assombrosas cabeças esculpidas de lavas vulcânicas
compactadas – mais nada. A civilização que deu origem a eles desapareceu
e a vida na ilha foi abruptamente interrompida.
No entanto, há muito para um viajante ver na Ilha de Páscoa. Nos ahus – plataformas de pedra sobre as quais os monolitos estão apoiados – é possível observar os moais em pé, bem como alguns caídos. Os que estão tombados parecem corpos mortos num campo de batalha. Enquanto os corpos daqueles que os criaram se decompuseram com o tempo, os moais sobreviveram, conferindo à ilha ainda mais mistério.
Embora seja possível ver as distintas fases da civilização da Ilha de Páscoa, o explorador é um espectador de algo que ainda hoje é desconhecido, ou não totalmente explicado. É um lugar único, onde uma civilização solitária deixou símbolos artísticos e religiosos dos quais civilizações posteriores não participaram.