Rio de Janeiro
É difícil se sentir sozinha
em um lugar como o Rio. Mesmo que você vá com o intuito de ficar só, às
vezes parece impossível. Por ser uma das cidades mais turísticas do
Brasil, o povo carioca está acostumado a receber pessoas de fora. São
muito receptivos e bem humorados, o que facilita iniciar uma conversa.
Além disso, se você prefere hospedar-se em albergues (que são, em geral,
mais sociáveis que outras formas de acomodação) a cidade está repleta e
a maioria deles vive cheio, então certamente vai ser fácil conhecer
alguém. Siga seu sexto sentido, certificando-se de que as pessoas que se
aproximam de você estejam com boas intenções.
Um passeio que vale a pena
fazer é pegar umas das bicicletas do Itaú, que estão espalhadas por
toda cidade, e passear pela ciclovia desde o Aterro do Flamengo até
Copacabana. Se ainda tiver disposição, siga até Ipanema. O caminho é
lindo, seguro e movimentado, já que os cariocas são muitos adeptos a
esportes. Caminhar nos calçadões de Ipanema ou Leblon é imprescindível, e
mais gostoso ainda é parar em algum dos quiosques e tomar água de coco
ou uma cervejinha bem gelada, apreciando toda aquela beleza e as pessoas
que não param de passar.
No horário
de pique, aproveite os vagões só para mulheres no metrô e não vacile,
como andar de mapa na mão ou câmera no peito. Isso vale em qualquer
lugar.
Há muita coisa para fazer
e você poderá decidir o que gosta mais: há vários museus, trilhas na
natureza, espetáculos, bibliotecas, cafés... Para o lanche da tarde, a
confeitaria Colombo é uma das mais antigas na cidade e é uma ótima
pedida. A decoração retro te faz sentir no século passado, tem ótimos
sanduíches e uma goiabada deliciosa.
Nem
sempre é legal ficar zanzando sozinha de noite. Mas se não resistir
conhecer esse lado carioca, prefira os bairros de Santa Teresa, pelos
seus barzinhos charmosos, ou a Lapa, onde tem o maior movimento e agitação cultural noturna, com muitos bares tocando samba, chorinho, música popular brasileira, entre outros. Se você quiser dançar,
o clube Democráticos (Rua Riachuelo, 91) é uma ótima escolha. Lá não
tem como ficar parada e não vão faltar convites para dançar.
Chapada Diamantina
Na Chapada Diamantina, você pode se hospedar em duas cidades: em Lençóis ou no Vale do Capão.
Lençóis
é uma cidade histórica e muito charmosa, com ruas de paralelepípedos.
Por ser um lugar pequeno, você chega e já se sente acolhida!
Prefira hospedar-se
em albergues, pois como a maioria das atividades de ecoturismo são
necessariamente feitas em grupo e com guia, será um bom passo para
conhecer pessoas que queiram se enturmar. Pesquise sobre os vários
passeios disponíveis e escolha o que mais agrada. A Gruta Azul, o Poço Encantado e a Gruta da Pratinha
são imperdíveis. Belas paisagens, cachoeiras, cavernas e grutas,
piscinas naturais é o que não faltam. A natureza favorece o convívio
assim como proporciona uma linda viagem interior; afinal, nada melhor do
que apreciar tamanha beleza na maior paz espiritual. É muito comum encontrar viajantes sozinhos por lá, por isso, chegue de coração aberto, boa disposição e espírito de aventura, que tudo irá fluir.
Aproveite os restaurantes locais.
O Bode Grill tem comida gostosa a preços justos. As afinidades
aproximam as pessoas, então é possível trocar experiências com outros
viajantes nos barzinhos do centro. Se preferir sua própria companhia,
contemple o lugar mágico tomando uma birita.
Se você optar pelo Vale do Capão,
a sua experiência será outra. O Vale é um lugar espiritualmente
iluminado, onde as boas energias parecem fluir do próprio ar que se
respira. A vila pertence ao município de Palmeiras, é pequena e com
pessoas locais de bom coração, imigrantes e cidadãos do mundo, o que
torna este lugar especial e de grande diversidade de culturas.
Algumas ruas são asfaltadas, porém, a maioria é de terra, com lojinhas
de artesanato, lanchonetes, pizzarias, um coreto, campings e pousadas.
Não há albergues.
O Vale do Capão é
bom para quem não precisa de companhia, pois não é necessário grupos e
nem guias para fazer os passeios. É possível chegar a muitas cachoeiras
caminhando sozinha ou então, se quiser, pegando carona, prática comum
por lá e, pelas experiências que tivemos, segura.
A Cachoeira do Riachinho
fica próxima do Vale e, apesar do nome, surpreende: após uma hora de
caminhada, você encontrará uma linda e enorme queda d’água,. A Cachoeira da Fumaça (a mais alta do Brasil) e a da Purificação
são acessíveis. À noite, o único barzinho que fica aberto até mais
tarde está localizado em frente da igreja e é o ponto de encontro de
todos nativos e viajantes. É um lugar ideal para somar informações e
compartilhar experiências.
Jericoacoara
Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, é onde as pessoas vão com o intuito de conhecer gente nova.
Em Jeri, como é carinhosamente chamada, as pessoas chegam sorrindo e se
cumprimentam umas às outras nas ruas de areia do vilarejo. Isolada
entre enormes dunas de areia e lagoas de água doce, a paradisíaca vila
encanta quem visita. Quente o ano todo, com um ritmo desacelerado e um
clima descontraído, atrai viajantes do mundo todo o ano inteiro, principalmente no segundo semestre, quando o clima é perfeito para a prática de windsurfe e kitesurf.
Durante o dia, o legal é sentir como o tempo passa devagar e curtir a praia, que é uma das mais extensas do país. Vale caminhar até a Pedra Furada, uma formação rochosa esculpida pelo mar em milhares de anos, ver a noite cair na Duna do Pôr-do-Sol
e, porque não, fazer aulas de esportes aquáticos? Por ter inúmeras
lagoas e vento constante é um dos melhores lugares do Brasil para
aprender e praticar.
Algumas agências levam até as lagoas Paraíso e Azul,
com nomes bem descritivos! Lá você ficará “de boa na lagoa”: deitada em
uma das redes, comendo peixe assado e tomando ótimos sucos naturais.
Esses são os programas mais clássicos de Jeri, mas vale andar livremente
por todos os lados do Parque Nacional, pois a beleza natural está em
todos os cantos.
Jeri se modernizou
de há uns anos para cá. O vilarejo é formado por quatro ruas com ótima
infra-estrutura, charme e sofisticação mas sem grandiosidade ou
extravagância. Os bares são rústicos e arrumadinhos. Há opções de alojamento para todos os gostos (desde albergues e campings a pousadas e hotéis) e há lojas com tudo o que você precisa, até lan houses!
À
noite, os lampiões se acendem, o céu fica repleto de estrelas e o clima
é de muito forró, reggae e animação. Fica uma dica: a vida noturna
começa depois da meia-noite, por isso faça um cochilo antes da farra. No
final da Rua Principal, os vendedores locais montam barraquinhas com
uma variedade enorme de bebidas alcoólicas. Na Rua do Forró tem uma casa
de forró, o Recanto do Momento, que, por ser a única,
virou tradição. Dançar com as pessoas locais e se deliciar com o ritmo
deles, não tem preço. Bailar com os gringos pode ser divertido, mesmo
sem o gingado brasileiro! Na Rua das Dunas fica o Mama África,
um bar e bistrô com uma pista de dança no meio, gente bonita e com
música que varia de reggae a brasileira. Fora as baladas, caso você só
queira tomar uma cervejinha e apreciar as estrelas, há alguns bares que
ficam abertos até o amanhecer.