Tudo nesta formação natural é exagerado. Ao norte do Estado
norte-americano do Arizona, o Grand Canyon é o maior cânion do mundo, um
templo da geologia que se estende por mais de 400 km, chegando a medir
29 km de largura, com profundidades de mais de 1.500 metros.
Ao longo do último século, centenas de autores descreveram a enorme
paisagem que é o Grand Canyon. Muitas vezes, as palavras não conseguem
transmitir adequadamente o sentimento de admiração e maravilha que
muitos visitantes sentem. O presidente americano Theodore Roosevelt
afirmou certa vez: "O Grand Canyon enche-me de admiração. Não tem
comparação possível — não tem descrição possível; absolutamente
inigualável em qualquer parte do mundo."
Existem, obviamente, outros desfiladeiros no planeta: alguns são
mais compridos, outros mais largos, e alguns são até mais profundos. Os
visitantes ficam muitas vezes surpreendidos por o Grand Canyon não ter
nenhum recorde de tamanho. É, no entanto, considerado pela maior parte
das pessoas como "o" desfiladeiro. "Como se não existisse mais nenhum acidente topográfico na face da terra", escreveu Edward Abbey.
Geologicamente o desfiladeiro vai desde Lee's Ferry, perto da fronteira entre Arizona e Utah, até às Falésias de Grand Wash, a 445 quilómetros de Las Vegas.
Em largura, pode medir entre 400 metros e 29 quilómetros. Em alguns
locais, o desfiladeiro tem mais de quilómetro e meio de profundidade.
No entanto, não são números que fazem esta paisagem grandiosa,
mas uma combinação de fatores. A paisagem desértica e a ausência de
cobertura vegetal revelam uma história geológica sem paralelo;
surpeendentemente, as camadas de rocha que se podem ver no Grand Canyon
mostram poucos sinais de erosão. As camadas estão num estado de
preservação quase perfeito. Não há mais nenhum local na Terra que mostre
em tão boa condição tantos anos da história da Terra.
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